segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Didache – Instrução dos Doze Apóstolos


Didache Instrução dos Doze Apóstolos (do grego Didache kyriou dia ton dodeka apostolon ethesin) ou Doutrina dos Doze Apóstolos é um escrito do século I que trata do catecismo cristão. É constituído de dezesseis capítulos, e apesar de ser uma obra pequena, é de grande valor histórico e teológico.

O título lembra a referência de «E perseveravam na doutrina dos apóstolos ...» (Atos 2:42) Data e autenticidade Estudiosos estimam que são escritos anteriores a destruição do templo de Jerusalém, entre os anos 60 e 70 d.C. Outros estimam que foi escrito entre os anos 70 e 90 d.C., contudo são coesos quanto a origem sendo na Judéia ou Síria. Segundo Willy Rordorf, a Didaquê é uma "compilação anônima de diversas fontes derivadas da tradição viva, de comunidades eclesiais bem definidas", portanto a questão da datação equivale à questão das datas das tradições ali registradas, que indubitavelmente remontariam ao século I d. C., derrubando as teses de datação tardia (séc. II). 

Quanto à sua autenticidade, é de senso comum que o mesmo não tenha sido escrito pelos doze apóstolos, ainda que o título do escrito lhes faça menção. Contudo, estudiosos acreditam na compilação de fontes orais tendo recebido os ensinamentos que resultaram na elaboração do texto. Também é senso comum que tenha sido escrito por mais de uma pessoa. O texto foi mencionado por escritores antigos, inclusive por Eusébio de Cesareia que viveu no século III, em seu livro "História Eclesiástica", mas a descoberta desse manuscrito, na íntegra, em grego, num códice do século XI ( ano 1056 ) ocorreu somente em 1873 num mosteiro em Constantinopla, o chamado Codex Hierosolymitanus. É considerado apócrifo por Eusébio, Atanásio (c. 367) e Rufino (c. 380).



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